terça-feira, 23 de agosto de 2011

Tributo à vadiagem

Escrito por Klauber Cristofen Pires | 20 Agosto 2011
Artigos - Cultura

Filósofos uspianos niilistas acusam capitalismo por desapropriação da preguiça!

Não compro jornais. Para o melhor fim a que se prestam, já os obtenho na garagem do prédio onde moro, gratuitamente. É só ir lá e pegar um pouco da pilha. Refiro-me obviamente ao papel, muito útil para forrar o wc da cachorrinha lá de casa, a "Nuvenzinha", uma linda e meiga mestiça de maltês com poodle.

Bom, caso é que nos fins de semana, devido à folga da doméstica, sobra-me o encargo pelo zelo de sua higiene (eis aí um clássico exemplo de auto-engano: o dos pais que obtêm dos filhos a promessa solene de que cuidarão integralmente dos seus bichos como pré-condição para ganhá-los), momento em que cato algumas folhas, estendo-as sobre o tabladinho e oras, de vez e quando leio alguma bobagem, só para ter o prazer de espezinhá-la aqui.

Numa destas ocasiões li a manchete intitulada "Intelectuais discutem importância do ócio", que trata de um ciclo de conferências organizado pelo filósofo Adauto Novaes sob o sublime nome de "Elogio à Preguiça", cujos seminários estão sendo realizados no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília, de 11 de agosto a 6 de outubro de 2011. Entre os seus palestrantes constam os nomes de Marilena Chauí, José Miguel Wisnik, Maria Rita Kehl, Francisco Bosco e Guilherme Wisnik.

O eixo central da tese, como não poderia deixar de ser a um grupo de intelectuais uspianos, é o de que o capitalismo "desapropriou" o tempo livre dos indivíduos. Segundo Novaes: "O que houve foi uma apropriação brutal do tempo dos indivíduos pelo capitalismo contemporâneo”, e denuncia: "Por outro lado, uma das formas eficazes de controle seria estigmatizar a palavra. O preguiçoso torna-se um pária".

A Paralaxe Cognitiva
Um dos fenômenos mais curiosos presentes no pensamento dos intelectuais modernos, segundo o filósofo Olavo de Carvalho, é o da "paralaxe cognitiva". Sinceramente, o termo "fenômeno" aí carrega uma acepção eufemista. Na verdade, é a foto que mostra o rabo do gato escondido, ou, para melhor compreensão, é o flagrante do vício do dito pensador em enunciar uma tese desconsiderando inteiramente sua própria posição no conjunto-universo que descreve.

Eis aí um exemplo concreto: intelectuais sustentados pelo estado reclamando da falta de tempo para pensar porque alegam que este foi "desapropriado" pelo capitalismo moderno! Ora bolas, e o que dizer deles próprios? Em que mundo vive o Sr. Novaes e seus colegas de Campinas? Se o Brasil conta hoje com uma instituição indolente por excelência, podem apostar, é o sistema universitário. Citando apenas parcialmente Lavoisier: lá, "nada se cria, nada se forma" (só!). São nestas instituições onde ocorre o maior índice de acidentes com queimaduras no planeta! Sim, por atrito das mãos sobre os genitais...

Ócio é o mesmo que Preguiça?
Para o Sr Novaes, o domínio do tempo é uma forma de dominação inventada pelo capitalismo: "Transformar a ociosidade em pecado, ou estigma social, é uma forma de culpar os que ousam dispor do seu tempo livre. Não passa de uma estratégia de dominação".

Se levarmos em conta a mais absoluta inércia prevalecente no ambiente acadêmico nacional, então podemos em tom alto e orgulhoso proclamar: " - Te cuida, Vale do Silício!" Os intelectuais da USP estão chegando..."

Vejamos este trecho: “Na Grécia e Roma antigas, o ócio era nobre, e o trabalho, vil”. É verdade, mas aqui o ócio figura no sentido de tempo livre de afazeres braçais para a meditação e o debate filosóficos. Pitágoras não formulou seu teorema deitado numa rede bebendo água de coco, mas sim com base em muito estudo e observação, enfim, o que fazem todos os cientistas e verdadeiros intelectuais.

E quanto ao capitalismo?
Como resolver o problema deste esquema de dominação que desapropria o tempo das pessoas?

Primeiramente, é de se perguntar em que período da história meros cidadãos tiveram à sua disposição os fins de semana, os feriados, as férias e as aposentadorias à sua disposição, todas estas parcelas de tempo remuneradas.

Da mesma forma, conviria buscarmos, igualmente, em que sistema produtivo houve tanta oferta de bares, restaurantes, shopping-centers, parques de diversões, cinemas, teatros, equipamentos eletrônicos de entretenimento, danceterias, boites, spas, hotéis, pousadas, transatlânticos, resorts, retiros, e tudo o mais que ofereça o melhor para desfrutarmos o nosso tempo.

Conclusão
Desacreditar o capitalismo vivendo de turismo remunerado nele é tão bom quanto desfrutar das primícias dos países socialistas quanto ao uso do tempo. Talvez os nossos filósofos uspianos estejam muito necessitados de uma temporada em algum Gulag ou Laogai para desestressar um pouco. Afinal, ninguém é de ferro.

De acordo com o que há de mais arrojado na escola uspiana, como podemos notar, jaz a consagração do "Mito do Jeca Tatu". Com efeito, pode haver filosofia mais enlevante do que a consagrada pelo caipira cagando no mato a contemplar as galinhas ciscando enquanto saboreia uma palhinha? Donde provém a famosa sentença: "- êta vidinha besta, sô".

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Quando o Ministério Público censura a autoridade de Deus

Mais do que rasgar a Constituição Brasileira, a Defensoria Pública quer destruir uma tradição de mais de dois mil anos, censurando as idéias e valores que constituíram a civilização ocidental.

Alguém já me chamou de fascista, homofóbico, tradicionalista, conservador, reacionário, defensor das oligarquias e outras asnices típicas da verborragia esquerdista. Há no imaginário dos ditos “progressistas” a perspectiva de que os conservadores são cegamente obedientes à autoridade. A esquerda, naturalmente, vende a idéia de que é “avançada”, “rebelde”, questionadora da ordem vigente. No entanto, confesso, tenho uma profunda desconfiança da autoridade constituída. Desconfio dos políticos, dos professores, dos acadêmicos, dos jornalistas, dos cientistas, dos formadores de opinião, dos intelectuais e, também, da autoridade eclesiástica, vide padres e pastores. Até do papa desconfio, apesar de crer na fé católica.

Mas a minha desconfiança não é completamente anárquica. Ela é, na prática, reflexo de um profundo sentido de ordem. A autoridade deve ser respeitada quando ela encarna princípios autênticos, senso de moralidade, ou, como diziam os medievais, auctoritas, ou seja, confiabilidade. Essa confiabilidade só existe se a autoridade cumpre o papel de fazer valer esses valores autênticos, transcendentes. A única autoridade absoluta é Deus. Ele é o fundamento primaz da lei moral, natural e civil. O sentido absoluto de ordem na natureza e nas relações humanas. E a autoridade pública só se faz respeitável se souber respeitar esses elementos que estão incluídos numa lei moral e natural. Tudo aquilo que fere o que é inerente à natureza do homem é contrário à lei natural e contrário ao sentido da realidade mesma em que as relações humanas e o homem se comportam. É neste sentido a autoridade tem razão de ser.

Porém, ao que parece, as autoridades públicas querem bancar uma espécie de Deus. Querem remodelar a sociedade contra a sua própria natureza, criando relações de poder e instituições biônicas e artificiais, sem o menor vínculo orgânico com a sociedade, além de francamente destrutivas. Neste aspecto, o Ministério Público e a Defensoria Pública estão cumprindo seu papel de substituir Deus na terra. O promotor público já não é mais o pai dos órfãos e o esposo das viúvas. Nem o defensor público é um protetor dos direitos civis dos cidadãos. Eles personificam sim, uma espécie de deusinho de barro presunçoso, querendo moldar comportamentos, idéias, costumes e instituições à sua imagem e semelhança. Em suma, Ministério Público e Defensoria Pública se tornaram, com a colaboração de um judiciário ativista, um instrumento de engenharia social.

Dois exemplos são claros nessa flagrante violação dos direitos constitucionais. Uma delas diz respeito a Julio Severo, o evangélico exilado em uma sociedade que ainda diz ser “democrática”. Qual foi seu crime, a ponto de ser processado pelo Ministério Público Federal? O particular crime de pregar o Evangelho. Os procuradores ainda inventaram uma tipificação penal que nem existe: o crime de homofobia. Se o Evangelho é “homofóbico”, logo, deve-se censurar quem prega a Palavra de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E o que se deve colocar no seu devido lugar? A agendinha homossexual na esfera da justiça e dos valores morais.

Todavia, a pretensão arrogante de um ativismo judicial cada vez mais corrompido por agendinhas totalitárias não se limita a ameaçar de prisão um religioso. Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a defensoria pública entrou com uma ação na justiça para exigir a retirada de alguns versículos bíblicos em outdoors, que condenavam o homossexualismo. Ou seja, o Ministério Público e a Defensoria Pública, em nome do combate aos preconceitos, estão rasgando a Constituição Brasileira e destruindo a liberdade religiosa. Inclusive, a ordem judicial aplicou multa diária de 10 mil reais se a igreja evangélica que divulgou os cartazes não os retirasse.

Mais do que rasgar a Constituição Brasileira, a Defensoria Pública quer destruir uma tradição de mais de dois mil anos, censurando as idéias e valores que constituíram a civilização ocidental. A prepotência, arrogância, mesclada com uma ignorância histórica abissal dessa tradição religiosa faz com que meros técnicos, senhoritos arrogantes, arautos de um funcionalismo público senil e de uma universidade cada vez mais marxista, queiram ditar o que nós, cidadãos, devemos pensar, crer ou defender. A perseguição religiosa no Brasil está crescendo a olhos vistos, com a colaboração do governo e das instituições públicas ditas “democráticas”.

De fato, o alerta de militante evangélico Julio Severo foi ignorado até pelos seus pares. Mais do que censurar a fé cristã publicamente, os áulicos da justiça querem censurar a autoridade de Deus. Os ateus e gays militantes não dizem que Deus é homofóbico? Cadeia pra Ele e para seus seguidores. Entretanto, eles não estão sós. A mídia, a universidade e a imprensa estão do lado dos algozes do cristianismo. Eles já expulsam um evangélico através de perseguições judiciais visivelmente ilegais e criminosas, sem parâmetro algum na Constituição e mesmo na lei ordinária. Eles protegem e estimulam os ataques à fé cristã, quando o governo libera milhões de reais de contribuintes cristãos, para praticarem “beijaços” homossexuais na frente das igrejas e catedrais. E agora querem censurar a bíblia. Não irá longe quando a Polícia Federal, transformada numa Gestapo ou KGB soviétic,a confiscar milhões de bíblias de livrarias cristãs, em nome de combater a tal “homofobia”, palavrinha inventada pelos fanáticos anticristãos. Tenho a absoluta certeza de que se os católicos e evangélicos se acovardarem, ao ficarem negociando com seus algozes, é isto que vai ocorrer. Esse é o posicionamento ridículo dos bispos da CNBB, dos calvinistas da Universidade Mackenzie e mesmo de uma revista evangélica politicamente correta e ridícula como a revista Genizah.

Iniciei esse texto falando da minha total desconfiança e sentimento profundo de desprezo pela autoridade. Já é hora de os cristãos apelarem à desobediência civil. Essa gentinha ralé, vigarista, desonesta e canalha do Ministério Público e da Defensoria Pública, que faz do Estado um instrumento partidário e ideológico de sua causa, acima e contra a lei, não deve ser respeitada. Deve ser denunciada, combatida, exposta à execração pública e desmoralizada. Só pessoas muito ingênuas ou muito relapsas ainda não percebem que a intenção maior de alguns membros do Ministério Público e da Defensoria é simplesmente atacar e destruir o cristianismo. Esses celerados jurídicos devem ser tolhidos, em nome da defesa da democracia, da liberdade civil e religiosa, que hoje é ameaçada pelo totalitarismo esquerdista politicamente correto que assola às nossas leis e à nossa justiça. A autoridade que não provém de Deus e dos valores eternos da Revelação é do Direito natural é perversa. Daí o judiciário agora querer calar a boca de Deus. Quer revogar a lei de Deus na terra.

http://goo.gl/dszEB
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