segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mídia Sem Máscara - Capitão Covarde: eis nosso admirável mundo novo 'sexualmente emancipado'

Capitão Covarde: eis nosso admirável mundo novo 'sexualmente emancipado'

Num vídeo, Michael Voris mencionou o tipo de homem que é aprovado pelos meios de comunicação controlados pelas feministas: fraco, burro e inútil, que precisa ser governado por mulheres fortes, modernas e inteligentes.

Muitos países estavam representados na lista da tripulação do Costa Concordia. O desastre tem, por todos os lados, as impressões digitais de nossa cultura ocidental que está envenenada e morrendo.


Que tipo de homem foge, sob o manto da escuridão, de seu navio que está afundando, deixando aproximadamente 4.200 passageiros e tripulação para se virarem sozinhos? Que tipo de homens empurra violentamente mulheres idosas, menininhas e jovens mães para entrar primeiro nos botes salva-vidas? Ora, ora, os homens modernos, os homens sexualmente emancipados que foram criados conforme as doutrinas do feminismo e de nossos costumes “modernos”.

O que significa uma expressão como “mulheres e crianças primeiro” para homens modernos que foram ensinados a vida inteira que as mulheres nada mais são do que brinquedos sexuais e que as crianças nada mais são do que uma carga descartável?

Os detalhes do tombamento do Costa Concordia, um dos maiores navios cruzeiros que navegam pelo Mediterrâneo, chegaram à imprensa de língua inglesa uma semana mais tarde e todo mundo agora conhece a conversa de telefone gravada na qual o capitão da guarda costeira, Gregorio De Falco, ordena furiosamente que o capitão do navio, Francesco Schettino, volte a seu navio. Schettino respondeu mentindo repetidamente, enquanto estava tentando fugir num bote salva-vidas.

Os passageiros foram abandonados para se resgatarem sozinhos, ajudados por artistas contratados e poucos membros da tripulação. Uma mulher disse: “Havia homens grandalhões, membros da tripulação, empurrando todos nós para entrarem nos botes salva-vidas”. Outra passageira, uma avó, disse: “Eu estava ao lado dos botes salva-vidas, e homens grandalhões estavam me acertando e empurrando as meninas com brutalidade”.

Nos primeiros dias depois que o Costa Concordia tombou na água rasa a quase 300 metros da praia, toda a Itália foi pega em vergonha com as reportagens sobre a conduta de Schettino. Ele foi preso depois que chegou à praia e acusado de homicídio involuntário e abandono de seu navio. Ele foi apanhado tentando entrar num táxi, tendo, pelo que foi relatado, pedido ao taxista: “Tire-me daqui o mais rápido possível”.

Apelidado de “Capitão Covarde”, Schettino se tornou o centro da fúria nacional para os italianos que já estão fartos do estereótipo — que com demasiada frequência é acurado — dos homens italianos como permanentes adolescentes vaidosos, preguiçosos, irresponsáveis, egoístas e inconfiáveis.

Mas o problema não está limitado à Itália. A propósito, na mesma semana do caso do navio o grande apologeta católico americano Michael Voris estava fazendo uma série de vídeos sobre a feminilização dos homens e o efeito do feminismo na Igreja Católica e no mundo em geral, um assunto que poucos na Igreja Católica ousam puxar.

Num vídeo, Voris mencionou o tipo de homem que é aprovado pelos meios de comunicação controlados pelas feministas: fraco, burro e inútil, que precisa ser governado por mulheres fortes, modernas e inteligentes. Nos 50 anos passados, a Igreja Católica vem seguindo o mundo ao adotar o modelo feminista. Esse ideal, diz Voris, expulsou os homens fortes da Igreja e da vida familiar, empurrando-os para encontrar um canal para sua masculinidade em caminhos prejudiciais como a criminalidade e o tratamento das mulheres como meros objetos.

Depois de assistir ao vídeo, enviei um email a Michael perguntando se ele havia se lembrado de falar sobre o outro lado do feminismo: o ódio feminista aos homens e sua atitude de difamar e demonizar a força dos homens. De acordo com as doutrinas da ideologia feminista, os homens fortes são violentos, malignos e apavorantes. Em vez de heróis protegendo mulheres e crianças, o feminismo retrata homens fortes como monstros brutais, surradores de esposas e estupradores de crianças.

O desastre do Costa Concordia trouxe ao centro das atenções os efeitos que o feminismo, e sua filha prostituta, a Revolução Sexual, tiveram nos homens. O feminismo matou a prioridade cultural dos homens protegendo e se responsabilizando pelas mulheres. Num vídeo, Michael Voris falou da “jornada do herói”, o modelo original da cultura ocidental do rapaz que deixa o lar, enfrenta e vence adversidades e se torna um homem com capacidade de proteger uma família. Mas nossa cultura inspirada pelo feminismo, juntando forças com o materialismo consumista que mata a alma, jogou esses conceitos na lata de lixo.

Ao dizer às mulheres que elas não precisam dos homens e ao demonizar o valor da masculinidade, o feminismo ao mesmo tempo diz aos homens que eles nunca precisam crescer. Se o feminismo disse às mulheres que elas podem sair por aí dormindo com qualquer um “como se fossem homens”, devemos nos lembrar de que isso significa que os homens podem, em retribuição, fazer a mesma coisa. Em vez de insistirem em que os homens cresçam, se casem com uma mulher e protejam e cuidem de seus filhos, o feminismo oferece aos homens as mulheres como brinquedos e ao mesmo tempo oferece às mulheres a pílula anticoncepcional, aborto e tribunais para resolver questões de pensão alimentícia como plano B. O feminismo define “igualdade” como homens e mulheres competindo igualmente no mercado de trabalho e usando um ao outro igualmente como objetos.

Algum tempo atrás li um site interessante, embora profundamente assustador, que afirmava dar apoio aos homens contra o mundo feminista. Num artigo, os homens claramente irados apontavam para o injusto padrão duplo nas leis relativas à família. O sistema legal, agora preso firmemente nas garras das feministas, mantem os homens financeiramente responsáveis pelos filhos que eles geram quando se separam da mãe. Mas o artigo apontou, com suficiente lógica, que ao mesmo tempo o feminismo exige que a contracepção e o aborto sejam disponibilizados gratuitamente. Por que então, se as mulheres têm agora a liberdade de usar os homens como objetos sexuais, um homem deveria em algum momento ser responsabilizado pela paternidade? Por que os homens deveriam ser rotineiramente arruinados por ações legais de pensão alimentícia quando o aborto é legal e muito mais barato e fácil de conseguir?

Realmente, por quê? O feminismo, pelo fato de que é essencialmente desonesto, pueril e age só em causa própria, nunca confessará francamente as conclusões lógicas de suas suposições.

Recentemente, os papas escreveram contra o tipo de feminismo que promove o aborto e a contracepção e ao mesmo tempo cria uma divisão de hostilidade entre homens e mulheres. A promiscuidade geral, a contracepção, o aborto legal, o divórcio fácil, junto com uma cultura que adora a juventude e é loucamente materialista, disseram eles, criaram uma sociedade individualista de consumidores isolados para os quais todos os relacionamentos rotineiramente terminam em abandono. Uma vasta catástrofe cultural que deixa os filhos sem pais, diz às mulheres que elas não precisam dos homens e que diz aos homens que eles podem permanecer a vida inteira como adolescentes felizes e despreocupados.

Essa mensagem parece ter tido resultado especialmente evidente na Itália onde é facílimo encontrar homens que são a personificação do estereótipo consumista. O homem-criança efeminado é uma praga na Itália; meninos das mamães vaidosos, convencidos, superficiais e egoístas que vivem na casa dos pais quando já estão com trinta e quarenta anos de idade.

Outrora, o centro de vida dos italianos era a família; agora eles estão cada vez mais se divorciando ou se recusando a casar em primeiro lugar.

A jornalista italiana Rosaria Sgueglia escreve no Huffington Post que o ex-capitão do Costa Concordia é um daqueles homens italianos que estão à altura desse estereótipo ponto por ponto. Os italianos estão “furiosos”, escreveu ela, com “gente como o sr. Schettino que não fazem nada a não ser comprometer a imagem já danificada que o resto do mundo tem do povo italiano”.

“Diz-se que o homem italiano comum é narcisista, egomaníaco, covarde, egoísta, incapaz de seguir procedimentos básicos e incapaz de seguir as regras. Verdade ou não, é um estereótipo, um estereótipo que é fortemente comprovado pelos eventos trágicos mais recentes na Itália”.

Embora os italianos estejam descarregando sua fúria em Francesco Schettino por ser tudo o que eles odeiam em si mesmos, precisamos nos lembrar de que muitos países estavam representados na lista da tripulação do Costa Concordia. O desastre tem, por todos os lados, as impressões digitais de nossa cultura ocidental que está envenenada e morrendo.

Lendo as reportagens do Costa Concordia, não pude evitar reconhecer os resultados das novas prioridades de nossa sociedade. Muitos observadores fizeram a comparação com o desastre do Titanic. Cem anos atrás, os homens da primeira classe levantaram as mulheres e crianças da classe pobre e as colocaram nos botes salva-vidas tendo plena consciência de que estavam dando suas vidas. O capitão do Titanic, de acordo com os relatos, foi visto pela última vez segurando uma criança em seus braços buscando um jeito de salvá-la. Cem anos mais tarde, o que vemos é um oficial da guarda-costeira gritando para o “Capitão Covarde”: “Vada a bordo, cazzo!” que significa “Volte à bordo, caralho!”

Eis nosso admirável novo mundo sexualmente emancipado.

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QSS

Mídia Sem Máscara - Burrice com fome de pasto

Burrice com fome de pasto

A carga simbólica da palavra capitalismo é tão negativa, malgrado se refira a um modelo comprovadamente superior ao socialismo, que até parece ter sido concebida por seus adversários, não é mesmo? E, de fato, foi!


É possível, com algum esforço, criar uma palavra e atribuir-lhe um significado universalmente conhecido. Mas é quase impossível mudar o significado de uma palavra suprimindo ou alterando seu conteúdo simbólico consolidado. Fará muita bobagem na política quem não souber isso ou, ao menos, não o intuir.

Exemplifiquemos. Você dificilmente participará de uma missa, ouvirá um sermão ou lerá um documento da CNBB sem que se depare com a palavra "excluído". Ela estará ali, para a mensagem, assim como a farinha de trigo está para a hóstia. Procure essa palavra nos quatro evangelhos e veja quantas vezes é mencionada. Já fez isso? Pois é. Nenhuma. Quando alguém, astuciosamente, substituiu a palavra "pobre" (esta sim, 25 vezes referida nos evangelhos) por "excluído", infiltrou um conteúdo ideológico na mensagem cristã. E quem não estiver prevenido receberá doses frequentes de veneno marxista em substituição ao verdadeiro ensinamento de Jesus, um ensinamento de amor ao próximo, de caridade, de zelo fraterno e de rejeição à idolatria da riqueza. Não há nos evangelhos qualquer esboço de luta de classes. Não há uma gota sequer de ódio aos ricos, mas severas advertências a quem apenas se ocupa com acumular bens onde eles são consumidos "pela ferrugem e pelas traças". Já a noção de exclusão implica a simétrica noção de inclusão e de ambas se deduz que o excluído é sujeito passivo da ação de exclusão que sobre ele exerce o sujeito ativo incluído. Vai uma bandeirinha vermelha aí?

O ensino cristão sobre os bens materiais não significa, em absoluto, nem poderia significar, uma proposta de organização da economia sem direito de propriedade, sem iniciativa privada, sem produção, sem negócios, sem remuneração e sem lucro. Num mundo com bilhões de habitantes essa seria a receita da miséria e da inanição.

Vamos em frente. Atente, leitor, para a palavra capitalismo. Volta e meia ela é usada para definir um sistema vantajoso, oposto ou em contraposição ao socialismo como sistema econômico. Ora, a carga simbólica da palavra capitalismo é tão negativa, malgrado se refira a um modelo comprovadamente superior ao socialismo, que até parece ter sido concebida por seus adversários, não é mesmo? E, de fato, foi! Esse vocábulo entrou nos dicionários na segunda metade do século 19, levada pelos textos de socialistas e anarquistas, a partir de Marx, Proudhon e outros. Portanto, usar como bandeira, proposta ideológica ou plataforma de organização da ordem econômica uma palavra com essa carga negativa, cunhada pelos próprios adversários da tese que expressa, é uma burrice com fome de pasto. Em tudo semelhante a de quem usa ingenuamente a palavra "excluído" em seus atos penitenciais, sem perceber o erro que está cometendo. Reze pelos pobres e aja em favor deles, meu irmão. Mas não caia nas redes da Teologia da Libertação!

Veja o que escreveu o Papa João Paulo II, no nº 42 de sua extraordinária encíclica Centésimo Ano (1991):

"Voltando agora à questão inicial, pode-se porventura dizer que, após a falência do comunismo, o sistema social vencedor é o capitalismo e que para ele se devem encaminhar os esforços dos Países que procuram reconstruir as suas economias e a sua sociedade? É, porventura, este o modelo que se deve propor aos Países do Terceiro Mundo, que procuram a estrada do verdadeiro progresso econômico e civil? A resposta apresenta-se obviamente complexa. Se por "capitalismo" se indica um sistema econômico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no setor da economia, a resposta é certamente positiva, embora talvez fosse mais apropriado falar de "economia de empresa", ou de "economia de mercado", ou simplesmente de "economia livre".

Ele veio de um país comunista e sabia das coisas.
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QSS