| 10 Janeiro 2014
Artigos - Movimento Revolucionário
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O
ideal totalitário que ainda hoje assombra a América é o comunista. Ele
está ativo e exerce poder pelo voto em mais de uma dezena de países que,
aos poucos, são afastados da democracia e seus valores. No poder ou
fora dele, os principais adversários que essa esquerda desvairada
pretende eliminar são sempre os mesmos: a instituição familiar conforme a
ordem natural, as Igrejas cristãs tradicionais e a católica em
particular, e as Forças Armadas. O caso do Brasil, exemplo diretamente
sob nossos olhos, é clara evidência do que afirmo.
São
antagonismos facilmente explicáveis. Quem pretenda subverter
determinada ordem para impor outra (como exige o ideal totalitário)
precisa, essencialmente, destruir as estruturas através das quais se
reproduzem, nos indivíduos, os valores que lhe deem consistência. As
três estruturas mencionadas acima - Família, Igreja e Forças Armadas -
são como pilares, vigas e lajes de uma sociedade. Daí a persistência dos
ataques que lhes são dirigidos. O ideal totalitário investe contra a
instituição familiar por dois flancos. Num deles, tenta fazer da família
uma coisa qualquer. No outro, busca transformar uma coisa qualquer em
família. Os inimigos da Igreja não querem apenas eliminar qualquer
expressão externa de sua existência. Querem, principalmente, como se a
ordem jus-política prescindisse de um fundamento moral, eliminar a
influência dos valores cristãos na moral social e, por via de
consequência, no ordenamento jurídico dos povos. A nova ordem que os
fascina precisa de uma moral sem fundamentos.
As
Forças Armadas, armadas e fortes, por vocação e formação de seus
quadros, são exemplos sociais de ordem e disciplina a serviço da
segurança e da paz. É visível o empenho do governo e seu partido em
vilipendiá-las, em lhes suprimir recursos humanos, financeiros e
materiais. Trata-se de conduta não oficial, mas efetiva, dos que
desfilam sua bazófia e arrogância pelo país, como se proprietários dele
fossem todos os seus ocasionais dirigentes e militantes. O grupo hoje
instalado no poder, que perdeu o confronto com as Forças Armadas nos
anos 60 e 70, vai à forra usando o aparelho do Estado. No entanto, em
que pese todo o mal que lhes podem fazer e fazem, todas as mentiras que a
respeito delas podem repetir e repetem, o povo brasileiro preserva as
Forças Armadas como a segunda entre as 18 instituições mais confiáveis
do país (a primeira, por motivos óbvios, é o Corpo de Bombeiros). As
FFAA contam com a confiança de 66% da sociedade segundo o Índice de
Confiança Social medido em 2013 pelo Ibope. Imagino o quanto deve ser
difícil para quem há mais de meio século vem tentando desmoralizar as
Forças Armadas, ver seus próprios líderes sendo presos e a sociedade
dedicando aos silenciosos militares brasileiros o merecido respeito e
confiança.
Retorno
ao ponto inicial. Vociferam incessantemente contra as convicções
cristãs. Contra elas põem nas ruas as trupes de pelados, as vadias que
se requebram com símbolos sacros, seus projetos de aborto, suas
cartilhas e paradas gays, e outras tantas frentes de combate. Embora
façam tudo isso e muito mais, as Igrejas persistem em terceiro lugar
entre as instituições mais confiáveis segundo o sentimento nacional.
“E
quanto à instituição familiar, o terceiro alvo preferencial do ideal
totalitário?", indagará o leitor. Pois é. No universo da pesquisa (que
também envolve as relações individuais/sociais dos entrevistados), a boa
e velha família dispara em primeiríssimo plano, contando com a
confiança de 90% das pessoas.
Alegrou-me
conhecer esses dados. Eles me permitiram confrontar o empenho dos
adeptos do ideal totalitário com os resultados até agora colhidos na sua
tarefa de demolição. Mesmo sem revides, mesmo contando com a
indiferença de tantos, mesmo que "... os filhos das trevas sejam mais
astutos que os filhos da luz" (Lc 16,8), ainda há muito espaço para
resistência.
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